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Relação Índia-Brasil
Relação Bilateral
A relação entre Índia e Brasil tem se mostrado frutífera desde a independência indiana, quando em 1948 foram inauguradas as Embaixadas da Índia no Brasil e do Brasil na Índia. Dessa forma, ambos países compartilham de várias similaridades, sendo estas sociais, políticas, geográficas e econômicas, que contribuem para a otimização dessa relação ao longo dos anos. A Índia e o Brasil se destacam entre as maiores democracias no mundo e compartilham uma multiculturalidade, etnicidade e religiosidade que são expressadas na diversidade que é tão característica e respeitada nesses países. Durante os anos 1990 houve uma maior aproximação devido à adoção de políticas públicas que visavam a liberalização da economia, tornando os laços políticos e econômicos ainda mais intensos. Segundo o Ministério da Relações Exteriores do Brasil, os contatos políticos se estreitaram ainda mais nos anos 2000, quando várias oportunidades de cooperação foram identificadas através do estabelecimento de uma Política Estratégica.
A aproximação também se tornou evidente durante este período, quando em 2001 o instituto Goldman Sachs criou o termo BRICs para se referir às economias emergentes no mercado internacional, Brasil, Rússia, Índia e China, que compartilhavam de certas similaridades, como um crescimento acelerado, alto nível populacional e grande extensão territorial. De acordo com estudos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), os países que fazem parte do BRICs também ganham expressividade devido à capacidade produtiva dos mesmos e considerável aumento de participação no comércio internacional.Com o intuito de institucionalizar ainda mais essa relação, em 2003, foi criado um fórum de cooperação entre Índia e Brasil, que incluía também a África do Sul, e ficou conhecido como IBAS.
A classe média e os desafios que ambos enfrentam diante da configuração do sistema internacional das potências tradicionais também são fatores significantes de aproximação de ambos os países, acarretando no fortalecimento das trocas comerciais, devido a potencialidade desses mercados consumidores, e intensidade da relação bilateral. Dessa forma, a conjuntura desses mercados, fazem com que sejam complementares, e não competidores, uma vez que os produtos e serviços demandados por um deles são suprimidos pelo outro, fazendo com que o comércio seja necessário e positivo para o equacionamento dessas questões.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as trocas comerciais entre Brasil e Índia ganharam notoriedade nos números, onde menos de U$ 500 milhões em 2000 aumentou para cerca de U$ 7,7 bilhões em 2010 de participação indiana no comércio exterior brasileiro. A aproximação entre Índia e Brasil também é expressada nos inúmeros acordos de cooperação assinados, acarretando em posições conjuntas em decisões e assuntos importantes, e no posicionamento de ambos em organizações internacionais importantes como o Conselho de Segurança da ONU e a Organização Mundial do Comércio (OMC), reivindicando uma nova ordem internacional que questiona a configuração tradicional estabelecida no sistema. Ao que tudo indica, o futuro dessa aproximação é promissor, já que ao longo dos anos os elementos econômicos também acarretaram em laços políticos, culturais e sociais, que somam em boas sinergias entre esses países.
Fontes: Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Ministério das Relações Exteriores, Organização das Nações Unidas (ONU), Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Organização Mundial do Comércio (OMC).
Intercâmbio Comercial Índia Brasil
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Fonte: Secretaria de Comércio Exterior - Brasil
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Índia
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HORA LOCAL
CAPITAL
Nova Delhi
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MOEDA OFICIAL
INR - Rúpia Indiana
Dados Macroeconômicos
7,3 %
ao ano
1.614
US$
317.544,64
Milhões de US$
em 2016
459.369,46
Milhões de US$
em 2016
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB
PIB PER CAPTA
TOTAL DE EXPORTAÇÃO
TOTAL DE IMPORTAÇÃO
Apresentação
A Índia possui um legado milenar, que sofreu influência das mais ricas civilizações que foram moldando sua cultura ao longo dos anos. Em 15 de agosto de 1947, o país se tornou independente do domínio Britânico sob liderança de Mahatma Gandhi, que pregava uma revolução baseada na pacificidade. Com uma população que ultrapassa 1 bilhão de habitantes, hoje a Índia se destaca como um dos países mais populosos e a maior democracia do mundo e, segundo estimativa das Nações Unidas (ONU), em 2028 ultrapassará a população da China. Diante disso, a ONU também classificou três cidades indianas, Delhi, Mumbai e Calcutá, entre as dez megacidades do mundo. Esses fatores, trazem para a Índia uma grande diversidade que é expressada na cultura e nos mais de 1000 idiomas e dialetos falados no país, sendo o inglês o único idioma em comum entre todos. Os dados econômicos são também expressivos, sendo apontada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como o país que mais cresce no mundo com taxas consistentes de cerca de 7% ao ano desde a década de 1990. Mesmo diante de um cenário internacional de economia instável e crise, os indicadores econômicos indianos fazem com que o país seja apontado como a provável potência mundial antes da metade do século. O aumento de investimentos no país, ocasionado por políticas governamentais de incentivo, resultou no crescimento de renda da população, tornando a Índia uma grande potência em mercado consumidor. Atrelado a isso, a Índia é considerada umas das maiores potências mundiais agrícolas, tanto em produção quanto em consumo. O setor industrial também tem ganhado grande expressividade, se destacando o setor automobilístico, que tem crescido significativamente, indústria química, tornando a Índia o maior exportador de genéricos do mundo, e o setor têxtil. Nos últimos anos, o governo indiano tem investido intensamente na profissionalização do país, formando cientistas e profissionais das mais diversas áreas que possuem prestígio mundial. Diante disso, o setor de softwares tem tido um rápido crescimento como um dos grandes destaques da economia. Todo esse histórico proporcionou à Índia um ambiente favorável de negócios, fazendo com que o país tenha hoje um nível controlado de inflação, reservas internacionais, déficit público administrável e controle de capitais.
Setores por Regiões
As atividades econômicas são distribuídas no território indiano de acordo com a potencialidade de cada região. O norte do país é caracterizado pelas terras férteis, concentrando boa parte da produção agrícola especialmente pelo Vale dos Ganges, fazendo com que a Índia tenha a maior área cultivável do mundo. As riquezas naturais da Índia, como minerais dentre outros, se concentram a leste se destacando os recursos hídricos do país. O oeste concentra boa parte das instituições financeiras que possuem grande expressividade na economia do país, sendo Mumbai a cidade que mais concentra atividades desse setor. Um dos setores mais proeminentes da Índia é o da tecnologia da informação, e a maioria das grandes empresas deste setor se concentram no sul do país sendo a cidade de Bangalore um dos destaques.
Por que investir?
A Índia hoje se apresenta como uma das economias mais abertas e receptíveis a Investimento Direto Estrangeiro (IDE), devido a decisão do governo de em 2016 implantar reformas que liberalizaram ainda mais a economia. Os setores que mais atraem investimentos são os de serviços, telecomunicações, combustíveis, medicamentos, construção, automobilístico, tecnologia da informação, dentre outros. Com taxas de crescimento sólidas e um ambiente propício para negócios, a Índia não só é um atrativo para investimentos, mas também é um dos grandes investidores internacionais. O país hoje possui um ritmo acelerado de aquisições no exterior, e a América Latina tem sido um dos grandes alvos de investimentos indianos.
Fontes: Banco Mundial, India Brand Equity Foundation (IBEF), Santander.
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Brasil
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HORA LOCAL
CAPITAL
Brasília
R$
MOEDA OFICIAL
BRL - Real
Dados Macroeconômicos
1,7 %
ao ano
8649,95
US$
19.788
Bilhões de US$
em 2016
12.593
Bilhões de US$
em 2016
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB
PIB PER CAPTA
TOTAL DE EXPORTAÇÃO
TOTAL DE IMPORTAÇÃO
O Brasil possui cerca de 208 milhões de pessoas, alcançando o 5º lugar no ranking mundial de maiores países (em população) e 9º lugar na economia mundial. De 2003 até 2014, o país passou por um forte crescimento e desenvolvimento socioeconômico, em que mais de 29 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e o nível de desigualdade social sofreu um perceptível abrandamento. Além disso, o nível de renda de 40% da população mais pobre aumentou por volta de 7,1%, e da população em geral, 4,4%.
Atualmente, o Brasil passa por uma recessão devido à queda de preço do petróleo e das commodities, e também por conta da desaceleração da economia chinesa, provocando uma queda da demanda interna e a redução do investimento. O esperado é que até o final do ano de 2017, a economia brasileira volte, ainda que lentamente, a crescer em 0,5% devido aos ajustes orçamentários que foram realizados, e o retorno do investimento.
O país dispõe de excelentes mecanismos de soft power que o fazem ser diplomaticamente reconhecido e bem visto internacionalmente, como por exemplo, a liderança em negociações internacionais relacionadas ao meio ambiente, onde desempenhou um papel fundamental na formulação do quadro climático da COP 21 em 2015, a ratificação do Acordo de Paris, sediamento da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, missões de paz da ONU no Haiti, entre outros.
O Comércio Exterior no Brasil representa mais de ¼ do PIB, levando o país a ser parte dos 25 maiores exportadores e importadores mundiais, mostrando um excelente potencial econômico. O foco da exportação do país gira em torno, principalmente, de produtos agrícolas e alimentícios – como café, açúcar, milho e carne –, minerais e petróleo.
Setores por região
O Brasil possui cinco regiões produtoras. O Norte do país destaca-se pelo extrativismo vegetal, como produtos de látex, madeira e castanhas. A atividade de mineração também é muito expressiva, principalmente a extração de ferro e cobre. A Zona Franca de Manaus concentra a vanguarda de produção eletrônica nacional, como aparelhos de TV, computadores, e eletrônicos em geral. No Nordeste, é predominante o turismo e a produção de cana de açúcar. No Centro-Oeste, a economia gira em torno da agropecuária (plantações de soja e milho) e pecuária bovina, sendo uma região essencialmente agrícola. O Sudeste é uma das regiões mais promissoras, apresentando o maior parque industrial, onde se abrigam grandes montadoras, siderúrgicas e fábricas no geral, além de também se destacar no setor agropecuário, pela produção de cana de açúcar, café e no pecuário, de carne bovina (Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo), além de também possuir ser o maior produtor de aviões. O setor petrolífero também é muito forte na região. E por fim, o Sul do país, que se destaca pelos setores metalúrgico, automobilístico, têxtil e alimentício.
Por que investir
O Brasil é um país que dispõe de recursos naturais abundantes e possui a economia relativamente diversificada. É considerado o maior produtor do mundial de café, cana-de-açúcar, laranjas e carne bovina, além de ser um dos principais produtores de soja. O país atrai inúmeros grupos multinacionais nas indústrias de alimentos, biocombustíveis e automóveis. Com florestas que cobrem metade do território nacional e a maior floresta tropical do mundo, o Brasil é o quarto exportador mundial de madeira. A exploração de suas riquezas minerais faz do Brasil o segundo exportador mundial de ferro e um dos principais produtores de alumínio e de carvão. Além disso, o país tem se firmado cada vez mais nos setores têxtil, aeronáutico, farmacêutico, automobilístico, siderúrgico e da indústria química.
Fontes: Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Santander.