Hoje, 27 de julho, é um dia muito especial para a Índia. É comemorado o Guru Purnima (Dia do Guru). Por isso, a Sexta Cultural de hoje explica o que é um Guru e a mudança de significado ao longo do tempo.
Em sânscrito e outras línguas indianas, a palavra guru significa “dispersor de sombras, “gu” significando sombra e “ru”, significando dispersor. Durante muito tempo, o guru era, nas religiões indianas, um professor ou portador de conhecimento. Semelhante a ser um dispersor de sombras, o guru era um iluminador. Isso certamente se restringia à conotação religiosa.
Os dez primeiros líderes da religião sikh foram designados como gurus. Em algumas vertentes, existem onze desses líderes, considerados divinamente dotados de iluminação e divindade em forma de incorporação. Esta religião se formou na Índia durante o início dos anos 1500, em um período em que as religiões muçulmana e hindu estavam no auge da guerra entre si. A fé monoteísta designou seus primeiros dez mestres como sendo “os dez gurus” sem outros sucessores. Da mesma forma, o hinduísmo e o budismo têm gurus, assim como muitas outras religiões indianas.
Assim, estes são mestres espirituais, autorizados a dar iniciação aos seguidores da religião. Eles são frequentemente reverenciados como divinos ou com divindade, residindo nos lugares da divindade. Em obras como o Bhagavad Gita, o guru é frequentemente representado em obras de arte coloridas vibrantes e brilhantes. Ele é frequentemente mostrado como um ser antropomórfico.
Com a globalização, o termo guru começou a se expandir para o mundo e ser utilizado de diversas maneiras. Durante a revolta das contraculturas das décadas de 1960 e 1970 e durante os movimentos anti-guerra, por exemplo, a atenção dos hippies se voltou para o âmbito religioso. Em sua tentativa de desligar-se do estilo de vida tradicional americano, muitos desses indivíduos recorreram a cultos como o Hire-Krishna e religiões orientais similares.
Desta forma, os tipos de gurus tradicionais e não tão tradicionais entraram em contato com o Ocidente para satisfazer o desdém do americanismo conservador em favor das religiões místicas do Oriente. Os gurus começaram, então, a serem vistos como pessoas de importância no ocidente, visto que estes auxiliavam, principalmente os jovens, em como conduzir a vida. Um dos meios utilizados foi a aderência da meditação transcendental. A partir desses tempos, o conceito do guru ficou preso no Ocidente. O uso original foi mantido quando foi para os Estados Unidos e outros países ocidentais, mas também passou a ser usado para designar o mestre ou líder de uma corrente de pensamento.
O termo guru, hoje, refere-se, portanto, a qualquer um que seja mestre em qualquer coisa que exija habilidade e reflexão, além de religião e espiritualidade.
Por fim, a Índia comemora, hoje, o Dia do Guru, Mestre ou Professor, profissional este tão importante para o direcionamento de toda a humanidade!
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