Esta é uma nota sobre o papel atual da Índia nos BRICS.
Desde de que o grupo foi formado e formalizado com as cinco nações (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a relação entre eles e os o resto dos países não foi mais a mesma. Com a China e a Índia presentes e, ao mesmo tempo, representando um fatia considerável do PIB mundial, houve a necessidade de repensar as relações com ambos.
A Índia passou por um momento de destaque em relação aos seus parceiros comerciais. Com o período de recessão brasileiro e a desaceleração da economia chinesa, a reestruturação econômica-financeira da década de 90 começava a dar seus primeiros resultados estatísticos vantajosos. Outro fator para esse crescimento foi o forte investimento em tecnologia de ponta, com igualmente fortes investimentos em educação e mão de obra qualificada. Se comparados ao restante os países dos BRICS, os indianos representam a maior parcela de mão de obra de base qualificada para setores chaves do comércio mundial, como o automobilístico e o de serviços. Além disso, ela não é tão dependente de matérias-primas externas e consegue concentrar grande parte da cadeia de valor de seus bens de exportação.
Projetando externamente esses fatores, juntamente a uma estabilidade macroeconômica, a Índia possui posicionamento de destaque, tornando-se um parceiro comercial cada vez nais importante. O país mantém forte diálogo no ambiente dos BRICS em diversos temas, principalmente em Segurança e Defesa regional e questões de Direitos Humanos. Por causa de sua projeção internacional, pode-se perceber características da cultura indiana interpenetrando o cotidiano das demais nações. Assim, a mudança da participação da Índia no agrupamento dos BRICS tem se tonado mais ativa, se compararmos ao momento de formação dessa grande parceria."
Este é um post em parceria com o BRICS Observer, organização estudantil sem fins lucrativos destinada à pesquisa, análise e propagação de conhecimento relativos ao BRICS sob uma perspectiva brasileira.
Fontes: